Sojicultores estão proibidos de manter plantas vivas de soja no campo durante o vazio sanitário.
Como medida preventiva de controle da ferrugem asiática, principal praga que ataca a cultura da soja, o Tocantins iniciará, a partir desta sexta-feira, 1° de julho, e segue até 30 de setembro, o período do vazio sanitário, onde ficam proibidos o plantio e a manutenção de plantas vivas da oleaginosa em lavouras de sequeiro.
Durante o período de vazio sanitário, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) realizará o monitoramento e a fiscalização no campo para garantir que não haja plantas vivas de soja dentro do período proibitivo. “É importante destacar que os produtores ou ocupantes da área são os responsáveis pela eliminação de todas as plantas vivas de soja voluntárias ou não, sendo que esse controle deve ser feito por meio químico ou mecânico. Aqueles que forem notificados pela Adapec, por manter a plantação de soja ou não eliminar as plantas voluntárias, estarão sujeitos a sanções previstas em lei”, explicou o gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilo.
Plantio nas planícies tropicais
De acordo com a legislação, fica autorizado, durante o período proibitivo do vazio sanitário, apenas o cultivo excepcional de soja, com fins de pesquisa e produção de soja sementes para uso próprio nas planícies tropicais, sob sistema de subirrigação, que compreendem os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium, Santa Rita, Formoso do Araguaia e Cristalândia.
Dados
Na safra 2021/2022, foram cadastradas pela Adapec 1.994 propriedades com cultivo de soja no Tocantins.
Ferrugem Asiática da Soja
É a principal praga que acomete a oleaginosa, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela dissemina rapidamente entre as plantações pelo vento. O maior prejuízo causado é a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente. O vazio sanitário é uma importante forma de prevenção da praga.