Governo concedeu o percentual de apenas 6%.
A revisão geral anual dos servidores públicos do Tocantins deveria ser no mínimo de 24,2857% apenas para repor a inflação dos últimos três anos, sem ganho real, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, o Sintet.
Nesta segunda-feira (28), o Governo do Tocantins concedeu data-bae de apenas 6% referente aos anos de 2020, 2021 e 2022.
“Só a inflação do período acumulado de 2021 é mais de 10%, já a correção do reajuste do piso do magistério para 2022 é de 33,24%. Então, para nós, esse percentual de 6% de data-base apresentado pelo governo é um constrangimento, não contempla nossa realidade da educação”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.
O Governo do Tocantins implementou a última revisão geral anual em 2019, através da Lei nº 3.587/2019, no percentual de 1%. Porém, conforme o sindicato, o índice que deveria ter sido aplicado era de 5,0747%, o que gerou uma defasagem de 4,0747%, conforme previsão legal do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC no acumulado de 12 meses.
No ano de 2020, não houve revisão geral anual, sendo que o INPC acumulado foi de 2,4599%. Conforme o sindicato, a soma desse percentual aos 4,0747% resulta em uma perda inflacionária de 6,5346%.
Já no ano de 2021, também não houve revisão salarial, e o INPC acumulou 7,5911%. No total, já são 14,1257%.
Para 2022, o acumulado do INPC dos últimos 12 meses foi de 10.16%, que seria a revisão geral anual vigente. Assim, ao todo, a perda inflacionária do poder de compra salarial chega a 24,2857%.
Resumo dos dados
Ano 2019, índice - 5,0747% - pagou 1% - faltam 4.0747%
2020 - 2,4599%
2021 - 7,5911%
2022 - 10.16%
Total - 24,2857%.
Remuneração mínima e necessária
De acordo com o sindicato, a remuneração mínima necessária para 2022 seria de R$ 6.012,18. Atualmente, o salário do professor da educação básica em início de carreira na rede estadual, conforme a tabela de vencimento de 2019, é de 4.553,02.