Animais que são símbolos do cerrado brasileiro estão entrando na lista de espécies em risco de extinção. É o caso do lobo-guará, a onça-pintada e tamanduá-bandeira, além do tatu-canastra, a anta e o pato-mergulhão. Todos estão fazendo parte da nova campanha da ONG WWF Brasil para conscientizar sobre o risco de desaparecerem das florestas.
O médico veterinário Gabriel Rocha, do Centro de Fauna do Tocantins (Cefal), explica que a ação humana tem muita responsabilidade nesse processo.
"Basicamente os fatores podem ser diretos ou indiretos. Diretamente a gente pode citar a caça, tráfico de animais silvestres. Indiretamente a gente pode citar as queimadas, monoculturas e as rodovias", explicou.
Quando se fala em ameaça de extinção, significa que a população de uma determinada espécie está reduzida e que esse número cai em larga escala. Os animais focos da campanha também estão descritos no livro do ICMBio que, a partir de estudos, aponta os animais da fauna brasileira nesta situação. Quando um animal silvestre é extinto, isso afeta toda a cadeia alimentar e até mesmo a vegetação do bioma, colocando em risco a existência do cerrado como conhecemos hoje.
O risco de extinção não é sentença de morte, pois é possível adotar ações que revertam esse quadro. Medidas públicas, iniciativas coletivas e individuais, todas são válidas.
“Se algum desses animais sair da cadeia alimentar afeta diretamente a vegetação porque alguns desses animais disseminam sementes. A gente pode, no futuro, não ter algumas dessas espécies no nosso ambiente, fazendo as próximas gerações não verem esses animais, mas também teremos esse impacto ambiental”, explicou o veterinário. (G1 Tocantins).