Live contou com a presença dos secretários de Estado da Educação e Saúde; do reitor da Unitins; profissionais de saúde e assistência social, que falaram sobre os protocolos de biossegurança.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) promoveu nessa quinta-feira, 10, uma live sobre o retorno presencial das aulas e biossegurança, com a presença de gestores escolares, técnicos das Diretorias Regionais de Educação e professores. As aulas presenciais na rede estadual terão início nesta segunda-feira, 14, nas 496 escolas.
A live promoveu conversas entre os gestores da Seduc, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e técnicos da saúde, como médico, enfermeira e assistente social. Teve o objetivo de ser mais uma ferramenta de orientação para todos os servidores das escolas para que o início do ano letivo ocorra de forma tranquila e com mais segurança em relação à pandemia da covid-19.
O secretário de Estado da Educação, Fábio Pereira Vaz, destacou a importância desse momento. “Estamos felizes com esse início das aulas presenciais. Precisamos abrir as escolas para receber todos os estudantes. As nossas escolas representam a base da sociedade que ajuda a despertar o desenvolvimento intelectual e humano das crianças e jovens. E o que observamos é que, nesses dois anos de aulas, não presenciais por causa da pandemia aumentou o distanciamento entre os estudantes vulneráveis e os que têm mais condições financeiras”, esclareceu.
Fábio Vaz falou da relevância do trabalho das pessoas que estão atuando nas unidades escolares. “Este é o momento de cada servidor que está na escola fazer a diferença na segunda-feira, vencer os medos, trabalhar os protocolos e o plano de comunicação com os alunos e seus familiares. Na próxima segunda-feira, abriremos as nossas escolas com todos os protocolos necessários oferecendo um ambiente com mais segurança e propício para a aprendizagem”, enfatizou o secretário Fábio Vaz.
O reitor da Universidade Estadual do Tocantins, Augusto Rezende, destacou o trabalho coletivo que está sendo realizado pela Seduc, pela SES e pela Unitins com o objetivo de apresentar um alinhamento das ações do Governo para que as aulas ocorram com segurança. “Essas ações integradas são um exemplo. Percebemos que o retorno das aulas presenciais é um anseio dos estudantes. Temos certeza de que este recomeço representa uma chama de esperança para toda a sociedade e para a valorização do ensino”, frisou.
O secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva, ressaltou a necessidade de observarem e cumprirem as normas dos protocolos de biossegurança. “A educação é essencial para a população. Acredito que estamos superando os momentos mais críticos da pandemia e, com os cuidados necessários, é possível retomar as atividades presenciais”. O secretário Afonso ressaltou a importância da população se vacinar, como forma de prevenção, principalmente, dos casos mais graves da covid-19.
O superintendente de Educação Básica da Seduc, Markes Cristiana Oliveira dos Santos, destacou esse momento significativo para as escolas. “O Tocantins está sendo um dos últimos estados a retomar as aulas presenciais. Agora, precisamos assumir a nossa responsabilidade como servidor do Estado para que as aulas iniciem com segurança e tranquilidade”, frisou.
Saúde
O assistente social e diretor de Monitoramento, Avaliação e Regulação do Trabalho na Saúde e mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Robson José da Silva, falou das estratégias de proteção, segurança e saúde dos trabalhadores da educação. “Nesse plano de retomada das aulas presenciais, é necessário discutir com as pessoas que trabalham na recepção e na segurança das instituições de ensino, para que todos estejam em sintonia com relação ao monitoramento das normas de biossegurança”, contou Robson.
O assistente social destacou os cinco eixos que são: Estrutura e qualificação dos trabalhadores; Saúde e segurança dos trabalhadores; Vigilância em saúde; Gestão das condições e relações de trabalho e Gestão da informação dos alunos e trabalhadores da unidade de ensino.
“Precisamos ter cuidado com o trabalho na unidade de ensino, porque no dia a dia costuma-se esquecer das normas. É importante que os alunos sentem no mesmo local sempre, para facilitar esse monitoramento. E se algum estudante ou profissional da educação apresentar sintomas de síndrome gripal ou de síndrome respiratória e tenha que ir para casa, que tenha uma pessoa na escola, que seja responsável para ligar para esse aluno ou servidor para saber como está. Isso é uma forma de acolher, de mostrar que nos importamos um com o outro”, frisou Robson.
O médico da família e da comunidade, Diego Noleto, que ajudou na revisão dos protocolos de biossegurança que serão aplicados nas escolas, fez algumas recomendações. “O ambiente escolar precisa ser um ambiente controlado. Nessa volta às aulas, não devemos baixar a guarda com relação aos protocolos de biossegurança. Dentro do contexto, temos a consciência de que o vírus se espalha por meio do aerossol de micropartículas que ficam no ar, por isso, continua sendo necessário usar a máscara, principalmente, em ambientes fechados. Participarmos da elaboração da portaria com as normas de biossegurança, com recomendações criteriosas para que esse retorno das aulas aconteça de forma mais tranquila”, comentou.
A enfermeira e coordenadora do Centro de Informações, Estratégias de Vigilância em Saúde e do Centro de Operações de Emergência da Secretaria de Estado da Saúde, Arlete Lopes da Cunha Otoni, mais uma vez, reforçou a necessidade de manter as recomendações do protocolo de biossegurança. “Precisamos manter o distanciamento físico, o uso das máscaras e essas medidas são fáceis de aplicarmos quando conhecemos. O que precisamos fazer é ler o protocolo de biossegurança e intensificar essas medidas de prevenção e de controle entre os estudantes e comunidade. A disponibilidade do álcool 70%, o uso das máscaras e outros cuidados devem fazer parte do nosso dia a dia”, reforçou Arlete.
A enfermeira destacou que é importante o compartilhamento das informações com os órgãos de saúde do município. “As escolas podem convidar as secretarias municipais de saúde, os órgãos de vigilância epidemiológica para estarem mais presentes nas escolas, seja com orientações, na ajuda com o monitoramento ou com palestras”, completou Arlete Lopes.