O Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins iniciou, nessa terça-feira, 20, o Curso de Combate a Incêndios Florestais destinado aos militares do 22° Batalhão de Infantaria, incorporados em 2023. Com um cronograma que contempla cinco turmas até o mês de julho, cada uma com três dias de aulas, os militares terão aulas teóricas de primeiros-socorros e aulas práticas sobre o correto uso de equipamentos como abafador, soprador, bomba costal e as técnicas para conter o avanço das chamas e extingui-las totalmente.
O superintendente do Comando de Ações de Defesa Civil Estadual, coronel Erisvaldo Alves, explica que o curso é uma parceria que mostra a integração das forças armadas com as forças de segurança e de proteção civil no Estado. "Já temos a participação do 22° BBI no Comitê do Fogo há muitos anos e sabemos que se chegarmos a uma situação de emergência e estado de calamidade pública é possível que seja decretado uma GLO [Garantia da Lei e da Ordem], como já ocorreu em anos anteriores. Se isso acontecer e a tropa do 22° BBI estiver preparada, ganhamos tempo. Então, essa capacitação, nesta época do ano, visa preparar a tropa para, caso seja necessário, atuar nos incêndios florestais no Tocantins", explicou.
Erisvaldo Alves também ressaltou que o 22° Batalhão de Infantaria é a unidade da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, designada para ser o quartel de apoio às ações de defesa civil do Comando Militar do Planalto. E como os incêndios florestais se enquadram como o principal desastre que atinge o Tocantins, a capacitação desses militares para atuar nesse tipo de evento vai ao encontro dessa função.
O primeiro dia de curso foi voltado para Atendimento Pré-Hospitalar (APH), já que, em uma situação de combate a incêndios florestais há um ambiente hostil, com a presença de animais peçonhentos, por exemplo. Além disso, há ainda um risco associado ao combate a incêndio, como as galhadas que podem cair sobre os combatentes, o fogo que, com a ação do vento, pode mudar a direção e provocar queimaduras.
"O curso prepara os militares para essas situações de primeiros-socorros. O segundo dia é sobre a teoria do fogo e as tecnologias, ferramentas de satélite que ajudam a definir onde está o fogo, estratégias de combate, qual área iniciar o combate, etc. Já o último dia é voltado para a prática, como muitos não tiveram contato com o fogo, é importante que sintam o calor e a adrenalina, o peso do equipamento para enfrentar uma situação real", explicou o coronel Alves.