Foto/DivulgaçãoSe há duas coisas que conquistaram o coração dos brasileiros nos últimos anos, elas foram o Pix e as apostas esportivas online. E um estudo da Gmattos mostrou que essas paixões estão relacionadas de outra maneira, já que a maioria das transações feitas nas casas de apostas é através do método de pagamento do Banco Central.
Conforme dados do Banco Central, o setor das apostas online movimentou mais de US$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre de 2023 no país, com previsão de transacionar um total de US$ 11 bilhões até o final do ano. A expectativa é que grande parte da quantia seja movimentada pelo pix, já que esse foi o método de pagamento mais aceito pelos sites de palpites, pelo menos até maio.
O estudo da Gmattos considerou dez das principais plataformas de aposta operando no Brasil, e concluiu que esse método de pagamento, que já é considerado o mais usado no dia a dia dos brasileiros, alavanca as operações do setor de palpites.
Segundo o relatório do cofundador e diretor geral da Gmattos Consultoria, Gastão Mattos, essas empresas precisam confirmar a liquidez imediata da transferência realizada pelo cliente, o que se torna um dos meios de pagamento ideias tanto para o depósito de valores a serem apostados, quanto para o recebimento de eventuais prêmios ganhos.
“É um tipo de pagamento com encaixe perfeito às necessidades da operação, com usabilidade, alta conversão e liquidação à vista. Na tendência atual, as movimentações neste tipo de operação crescerão mais de quatro vezes em 2023, comparadas ao ano anterior", afirma.
As apostas com Pix são parte da estratégia das operadoras de jogatina que querem entrar no mercado brasileiro e cativar o público tupiniquim. Sites de análises como o apostasesportivas24.com listam todas as plataformas que permitem o uso desse método de pagamento e ainda trazem cupons exclusivos para usuários que desejam aproveitar benefícios adicionais, assim como análises detalhadas e avaliações de especialistas do setor da jogatina.
Wallets
Após o pix, o mercado das apostas tem uma predileção pelas wallets, ou carteiras digitais, que podem ser usadas tanto para fazer o depósito de valores na conta da operadora quanto para o eventual recebimento de premiações. Esse modelo opera apenas com a carga de valores e, dentro dessas carteiras, o usuário pode usar outros métodos para depositar ou receber o seu valor, como o próprio pix, transferências bancárias e cartões, por exemplo.
O relatório aponta que, em relação às demais modalidades de pagamentos, pode haver algumas dificuldades em relação à conversão e até mesmo risco de fraude, em determinadas wallets. Se você for usar um cartão para carregar a sua conta, também pode precisar realizar a operação de câmbio, na qual incidem taxas e isso pode acabar desestimulando a operação.
"Como os sites de apostas não podem operar diretamente no país, intermediadores são contratados para o processamento do pix e outros tipos de pagamento, com a remessa de valores para o exterior. Trata-se de um negócio de alto volume, com a necessidade de operação de pagamento e licenças para remessa de câmbio", explica a publicação.
Já os boletos acabaram perdendo força devido ao período de confirmação de pagamento, que pode chegar a mais de 48 horas. As transferências bancárias, por outro lado, têm baixa conversão devido à sua necessidade de autenticação no banco digital do usuário, o que não é tão prático.
Ressaltando que as casas de apostas atualmente estão na mira do Governo Federal e, aparentemente, serão regulamentadas em breve para aumentar as receitas com a arrecadação de impostos. Isso porque uma lei publicada em 2018 permitiu a operação de apostas online de cota fixa, mas ainda não houve regulamentação da atividade.
