Carla Freury, procuradora do Ministério Público de Goiás (MP-GO), manifestou a insatisfação com o salário que recebe, [apenas] R$ 37,5 mil por mês. Durante a 5° Sessão Ordinária do MP, na última segunda-feira (29/5), ela lamentou pelos promotores de Justiça que estão iniciando na carreira agora.
Segundo Freury, o salário dela sustenta apenas gastos pessoais, como roupas e acessórios, e é graças ao fato de seu marido ter independência que as contas de sua casa são pagas. Carla comenta o aumento do custo de vida atualmente e que tem "dó" de promotores que estão no início de carreira e precisam pagar as escolas dos filhos.
"Eu não mantenho a minha casa. O meu dinheiro é só para eu fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos", disse.
A procuradora ainda relatou supostas dificuldades financeiras que enfrentou durante a vida, uma vez que o pai, um promotor aposentado, precisou abrir um escritório de advocacia para sustentá-la. Ela finaliza a fala se desculpando pela exaltação e com a frase: “mas eu falei de coração e quem fala com o coração, fala a verdade.”
De acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média salarial brasileira em 2019 era de R$ 2.555,00 entre homens e R$ 1.985,00 entre mulheres. Em 2022, o Brasil retornou para o Mapa da Fome da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) com o percentual de 4,1% da população, número acima da média mundial.