O Brasil registrou 173 mortes por dengue em 2023, ou seja, aproximadamente 2 mortes por dia, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde.
Os dados atualizados na quarta-feira (5) apontam que 4.231 municípios notificaram casos de dengue (75%), o que significa que apenas 1.339 municípios brasileiros não registraram de pacientes infectados pelo Aedes aegypti.
O boletim epidemiológico ainda aponta:
Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira vacina para pessoas que nunca entraram em contato com a doença, a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma. Ela deve chegar nas clínicas particulares do país no segundo semestre deste ano, mas ainda não há previsão de inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).
O ano de 2022 foi o mais mortal para a dengue no Brasil, com um total acumulado de 1.016 mortes. Isso é mais do que o registrado nos últimos seis anos.
O pico dos casos aconteceu na semana epidemiológica 17, no início de maio. Em comparação com 2021, os aumentos das arboviroses foram de 162,5% nos casos de dengue, 78,9% nos registros de chikungunya e 42,0% nas ocorrências de zika.
Abaixo, veja em ordem decrescente quais foram as regiões e municípios com mais casos da doença no país em 2022.
A região Sudeste registrou 33,1% dos casos de dengue identificados em todo o Brasil. Deste total, somente no estado de São Paulo foram registrados, 355,4 mil, ou 73,9% dos casos de dengue ao todo.
O estado registrou 214,7 mil casos de dengue O número de diagnósticos é o maior da região, que registrou 348,6 mil casos no ano passado, com incidência de 2.086 casos a cada 100 mil habitantes.
Em 2022, a Bahia registrou 36,2 mil casos prováveis de dengue. Em comparação com 2021, a dengue com crescimento de 162,5% nos registros.
O município de Joinville ficou entre as cidades brasileiras com os maiores registros de dengue no País. Somente lá, foram identificados 21,3 mil casos, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
Foram registrados mais de 21 mil casos no estado, o que equivale ao índice de 1,3 mil para cada 100 mil habitantes. Isso é o dobro da média do país, de 631,3 para 100 mil pessoas, e o triplo da média do Norte, de 405,1. (G1).