09/03/2023 às 09h27min - Atualizada em 09/03/2023 às 09h27min

Jovem de 25 anos tem rins, fígado, coração e córneas doados pela família após morte encefálica

Divulgação

Rins, fígado, coração e córneas de um paciente de 25 anos que evoluiu para morte encefálica no Hospital Geral de Palmas (HGP) foram doados pela família. Ocorrida nesta quarta-feira (08/03), esta foi a segunda captação de múltiplos órgãos no Tocantins realizada em 2023.  

Os órgãos foram destinados para o Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Já as córneas ficaram no Tocantins e atenderão pacientes que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes, que conta com 133 pacientes no estado.

A responsável pela Central de Transplante do Tocantins (CETTO), Suziane Aguiar Crateús Vilela, explicou a importância da ampla divulgação da doação de órgãos. “Precisamos esclarecer sobre a importância e a nobreza deste ato, que, apesar do momento difícil da perda de um familiar, se trata de uma ação que pode ajudar a salvar vidas. Por ser um assunto desconfortável muitas das vezes, as pessoas tendem a não conversar com seus familiares sobre o desejo de ser um doador. Por isso, devemos divulgar para que a população não tenha dúvidas ou receios, visto que será o familiar que decidirá sobre a doação ou não dos órgãos do falecido”, afirmou.

Como ser um doador

Atualmente, para se tornar um doador de órgãos não se faz necessário deixar nenhum documento por escrito, porém é fundamental comunicar à família o desejo de doação, pois eles serão os responsáveis por autorizar ou não a doação. 

Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, observa-se que, na grande maioria dos casos, quando a família possui conhecimento do desejo de doar do parente falecido, este desejo é respeitado.

Processo de captação

O Tocantins possui uma Central de Transplantes, credenciada pelo Ministério da Saúde (MS), que tem como principal função a gestão de todos os processos que envolvem doação e transplante no estado.

As equipes de profissionais da CETTO, da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e do Banco de Olhos Público do Tocantins (BOTO) trabalham com afinco e contam com apoio de servidores da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que atuam no Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) e da Polícia Militar do Tocantins (PM).

Números

No Tocantins, a captação de órgãos teve início em 2018 e já soma 38, sendo 14 em 2022. Além de órgãos, no estado também é realizada a captação de tecidos oculares.


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