29/12/2022 às 13h56min - Atualizada em 29/12/2022 às 13h56min

PF cumpre mandados no Tocantins contra bolsonaristas suspeitos de vandalismo e tentativa de golpe

Divulgação

A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal deflagraram, nesta quinta-feira (29/12), uma operação contra suspeitos de participarem de uma tentativa de invasão à sede da PF e atos de vandalismo em Brasília, no dia 12 de dezembro.

Ao todo, estão sendo cumpridas 32 ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e nos seguintes estados: Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.

Entre os alvos, estão bolsonaristas que frequentavam os atos no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). Até as 10h, pelo menos quatro pessoas tinham sido presas: Klio Damião Hirano, Átila Mello, Joel Pires Santana e Carina Mello. 

Os crimes investigados são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.

  • Átilla Reginaldo Franco de Melo

Átilla se apresenta como pastor. Ele foi preso nesta quarta-feira (28) em São Gonçalo (RJ). 

  • Klio Damião Hirano

Klio foi presa em Brasília, também na noite de quarta-feira (28). Ela era frequentadora do acampamento golpista de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), no Quartel-General do Exército na capital. Em 2020, foi candidata à prefeitura da cidade de Tupã (SP), pelo PRTB, mas não se elegeu.

  • Joel Pires Santana

Um dos suspeitos, que estava em um hotel de Brasília, não foi encontrado pelos policiais e é considerado foragido. O nome dele não tinha sido divulgado até a última atualização desta reportagem.

Entre os crimes apurados pela ação, estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, dano qualificado, incêndio majorado e associação criminosa.

Operação

A operação ganhou o nome de Nero, em referência ao imperador romano do primeiro século que ateou fogo em Roma. Segundo a PF, as investigações tiveram início depois da tentativa de invasão à sede da PF. À ocasião, os suspeitos queriam resgatar o indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, no dia 12 de dezembro. Sem sucesso, iniciaram ataques de vandalismo na capital.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, oito veículos, entre carros e ônibus, foram incendiados pelo grupo. Eles também quebraram vidros de automóveis, depredaram equipamentos públicos e a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.

A PF afirma que a investigação teve início na corporação, em conjunto com a Polícia Civil, que apurou os ataques de vandalismo na capital. Por declínio de competência, os inquéritos foram enviados ao STF.


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