Em meio à onda de bloqueios de rodovias federais e estaduais no Tocantins por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB) mandou um recado curto e grosso aos manifestantes: "Em Palmas, não haverá tentativa de golpe ou guerra civil".
Questionada sobre o bloqueio no principal acesso à capital do Tocantins, a prefeita afirmou que aguarda uma posição do governador Wanderlei Barbosa e garantiu que a Guarda Metropolitana está pronta para agir.
"Eu não comando a PM e PRF. A jurisdição sobre a ponte que liga Palmas à Luzimangues é do Governo do TO. Estamos aguardando uma posição do governador. A PM já está autorizada pelo STF a agir, mas o comando tem que vir do chefe do executivo estadual. Podemos unir forças, porque se trata da principal entrada da cidade. GMP, trânsito e todo efetivo pronto", garantiu.
A declaração foi postada nas redes sociais nesta terça-feira, 1º de novembro. “Em Palmas, não haverá tentativa de golpe ou guerra civil. Nosso povo é ordeiro, trabalhador e pacífico. Não iremos ‘morder a isca’ do desespero que paira sobre alguns, que tentam gerar crise e não aceitam o resultado democrático das urnas. Toda jurisdição municipal está monitorada”, escreveu.
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou decisão individual do ministro Alexandre de Moraes que determinou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias brasileiras ocupadas de forma irregular por manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro.
O ministro também estipulou para o diretor da PRF, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da ordem, multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo.
Após a decisão, a Procuradoria-Geral de Justiça do Tocantins requisitou das Forças de Segurança informações concretas sobre todas as medidas adotadas para o cumprimento da ordem.
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Tocantins já protocolou ofício ao governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) cobrando ação da PM na liberação das rodovias e chamou os manifestantes de 'fascistas e criminosos'.