18/10/2022 às 19h58min - Atualizada em 18/10/2022 às 19h58min

Em Brasília, prefeitos do Tocantins cobram PEC e recursos para pisos da enfermagem e Educação

Divulgação

Cerca de 60 prefeitos do Tocantins participam, nesta terça-feira (18), em Brasília, da Mobilização Municipalista organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

O ato visa discutir meios para que os Municípios possam honrar com o pagamento de pisos de categorias, como do Magistério e da Enfermagem, bem como pressionar o Congresso Nacional pela promulgação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aguardada pelos gestores municipais.

Coube à Associação Tocantinense de Municípios (ATM) mobilizar os gestores a participarem do ato. “Estamos tendo uma participação enorme dos prefeitos e prefeitas do Tocantins, talvez o Estado que mais trouxe gestores proporcionalmente falando, todos motivados em buscar recursos para cumprir com as obrigações, principalmente os pisos. Buscamos também o reajuste do valor/aluno da Merenda Escolar e, principalmente, a promulgação da PEC que garantirá fonte de receita aos Municípios toda vez que uma nova obrigação for imposta”, explicou o presidente da ATM e prefeito de Talismã, Diogo Borges.

A CNM estima que cerca de 500 gestores de todo o Brasil participam do ato. O presidente da confederação, Paulo Ziulkoski, comentou a importância do encontro. “É o momento de o prefeito cobrar a aprovação de pautas que irão amenizar a situação lá na ponta e encerrar o ano da gestão local de uma forma menos incômoda”, disse.

Por sua vez, o prefeito de Marianópolis, Isaías Piagem, frisou que as mobilizações são positivas e sempre trazem resultados. “Prova disso é o adicional de 1% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do mês de setembro, que conquistamos com muita cobrança e pressão em Brasília”, disse o gestor.

Lutas 

Gestores buscam a promulgação da PEC 122/2015 - que proíbe criar encargos para os Entes sem a devida previsão orçamentária, ou seja, a União e o Congresso Nacional não poderão criar obrigações financeiras aos Estados e Municípios sem indicar de onde virá o dinheiro para cumpri-las.

“São sete anos de luta em prol da aprovação dessa PEC. Conseguimos a aprovação nas Casas em meados de julho deste ano e estamos aqui agora para garantir a sua promulgação, para que possa valer a partir de 2023”, disse o presidente da ATM.

Ainda há uma matéria de interesse dos municipalistas apresentada pelo deputado Hildo Rocha (MA), atualmente em fase de coleta de assinaturas, e prevê a ampliação em 1,5% do FPM aos cofres públicos municipais. Até o momento, foram colhidas aproximadamente 70 assinaturas, de um total de 171 necessárias, segundo a CNM. Por fim, os prefeitos presentes buscam a aprovação da PEC 23/2022, do senador Wellington Fagundes (MT), que também aumenta em 1% o FPM. A aprovação de uma das matérias é considerada fundamental pelo movimento municipalista para o custeio do piso da enfermagem. 


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