Foram captados os rins, que seguem para São Paulo, e o fígado para o Paraná / Foto: André AraújoO Tocantins realizou, nesta sexta-feira (14), a 11ª captação de múltiplos órgãos em 2022 graças à autorização da família de um jovem de 24 anos após confirmação de morte encefálica.
Foram captados os rins, que seguem para São Paulo, e o fígado, que vai para o Paraná. A captação ocorreu no Hospital Geral de Palmas (HGP). Outras doações de órgãos já beneficiaram pacientes de quase todos os estados do país.
A responsável pela Central de Transplante do Tocantins (CETTO), Suziane Aguiar Crateús Vilela, falou da importância de divulgar e falar sobre doação de órgãos no ambiente familiar.
“Até agora, 2022 está sendo o ano com maior número de doações de órgãos, e acredito que parte disso é reflexo da conscientização do ato de doar. Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam. É fundamental que a população se conscientize e converse com seus familiares sobre seu desejo de ser doador”, afirmou.
Processo de captação
O Tocantins possui uma Central de Transplantes, credenciada pelo Ministério da Saúde (MS), que tem como principal função a gestão de todos os processos que envolvem doação e transplante no etado.
As equipes de profissionais da CETTO, da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e do Banco de Olhos Público do Tocantins (BOTO) trabalham com afinco durante o processo de doação, que realiza a coleta de córneas e múltiplos órgãos.
As equipes profissionais ligadas à Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) também contam com o apoio de servidores da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que atuam no Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER).
Como doar
A pessoa interessada em se tornar doadora de órgãos precisa, primeiramente, informar sua família sobre esse desejo. Os parentes dos pacientes são os únicos responsáveis pela autorização da captação dos órgãos.
Os órgãos captados serão doados a pacientes que precisam de transplante e aguardam em uma lista de espera, única e nacional. A compatibilidade entre doador e receptores é determinada por exames laboratoriais feitos imediatamente após a autorização dos familiares.
