O Estado do Tocantins já registrou três mortes neste ano causadas pela Leishmaniose Visceral, doença conhecida popularmente como calazar. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) no Informe Epidemiológico sobre a Leishmaniose no Tocantins.
No período de janeiro a setembro deste ano, foram confirmados 66 novos casos da Leishmaniose Visceral e 03 óbitos, sendo um em Paraíso do Tocantins e dois em Porto Nacional. Quanto ao tipo Tegumentar (que provoca úlceras na pele e mucosas), os dados apontam 224 novos casos confirmados e nenhum óbito registrado, no mesmo período deste ano.
“Apesar da redução de casos da doença nos últimos anos, ainda verificamos uma alta letalidade, principalmente entre crianças, idosos e pessoas que vivem com HIV/AIDS. Nesse contexto, a prevenção segue sendo a melhor estratégia, com medidas simples como a destinação adequada do lixo doméstico e a limpeza periódica de quintais e abrigos dos pets. O diagnóstico precoce salva vidas, então em caso de sinais e sintomas sugestivos da doença, busque atendimento na unidade de saúde mais próxima o quanto antes”, explica o assessor técnico das Leishmanioses da SES-TO Julio Bigeli.
A doença
A Leishmaniose é uma grave doença primária de animais que pode ser transmitida a humanos, causada por parasitas que se multiplicam nas células de defesa do indivíduo. Infecciosa mas não contagiosa, a enfermidade se divide em dois tipos, sendo Leishmaniose Tegumentar (ataca pele e mucosas) e Leishmaniose Visceral (ataca os órgãos internos).
Os principais sintomas da doença nos seres humanos manifestam-se no período de 2 a 6 meses após o contato com o vetor transmissor, e podem vir como uma febre prolongada (mais de sete dias), perda de peso, aumento de volume abdominal, anemia e fraqueza.
Para prevenir a Leishmaniose algumas medidas simples podem ser tomadas dentre elas a limpeza de quintais, terrenos ou abrigos de animais, pois é no acúmulo de matéria orgânica que a fêmea do mosquito transmissor põe seus ovos, outra medida simples a ser tomada é o uso de coleira repelente nos animais, evitando desta forma que eles também fiquem doentes.
A Leishmaniose tem cura. No aparecimento de sintomas deve-se buscar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde. O diagnóstico e o tratamento são gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).