Se já era muito difícil, tornou-se impossível aceitar qualquer discurso que defenda o regime ditatorial da Venezuela. Quem ainda ousar perfilar ao lado de Nicolás Maduro estará com as mãos sujas de sangue. Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) deixa claro e de forma incontestável o que qualquer democrata já sabia: a ditadura venezuela pratica terrorismo de estado contra seus opositores.
Sob ordens das mais elevadas esferas do governo, o serviço de inteligência e os órgãos militares do país cometem crimes contra a humanidade, inclusive “torturas extremamente graves”, segundo a veemente denúncia de Marta Valiñas, presidente da Missão Independente da ONU sobre a Venezuela.
Essa política repressiva já era do conhecimento do mundo. Mas os detalhes que nos chegam são de vítimas submetidas, inclusive, a violência sexual e outros tratamentos cruéis. É um sistema perverso em todos os níveis, muito além das dificuldades e privações econômicas impostas a toda a população.
Não há cidadão a salvo das violações sistemáticas. Lá, é proibido discordar, criticar ou se manifestar contra os abusos de Maduro. Tudo sob a mais absoluta impunidade; afinal, as ordens partem da cúpula de um poder já corrompido pelo arbítrio há décadas.
Denunciar esse regime continua sendo obrigação de todos, principalmente de seus vizinhos latino-americanos. É intolerável que crimes continuem sendo cometidos pela ditadura de Nicolás Maduro, em nome de supostos ideais “socialistas” que, na verdade, só servem para escravizar e humilhar o próprio povo.